Na manhã desta terça-feira (20) agentes da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) em conjunto com policiais das delegacias de Vespasiano e Santa Luzia, em Minas Gerais, realizaram uma operação para cumprimento do mandado de prisão do vendedor de picolés Quene Pereira Pardim, de 33 anos. Ele foi preso em seu local de trabalho, em Muquiçaba.

Quene confessou ter assassinado a jovem e disse que não tinha motivos para matá-la. Foto: Rafaela Patrício

Quene é acusado de ter assassinado Jéssica Araújo, de 26 anos, a facadas, em Santa Luzia, no mês de janeiro. A jovem tinha ido a uma casa de shows e desapareceu após contratar Quene, na época mototaxista, para levá-la para casa. O corpo foi localizado por um produtor rural já em decomposição no meio do mato, próximo a uma estrada de terra, três dias após o desaparecimento da moça. A moto usada por ele, uma XRE 300  foi localizada dentro de uma lagoa.

Segundo o delegado titular da Depatri, Marcos Nery, a polícia mineira está investigando se Jéssica foi violentada. “Trata-se de um crime bárbaro. Segundo a Polícia Civil de Minas, não é um feminicídio por que eles não tinham nenhum tipo de envolvimento. Lá estão sendo feitos outros tipos de análise para saber se foi apenas homicídio ou se sofreu algum tipo de violência sexual”.

O corpo de Jéssica foi encontrado em decomposição três dias após seu desaparecimento.

A reportagem do Portal 27 ouviu Quene, que relatou ser separado e pai de duas filhas, de 11 e 7 anos. Ele contou que é viciado em cocaína e veio andando de Minas até Guarapari. Disse ainda que não tinha motivos para matar a jovem, mas que ela foi assassinada com três facadas no pescoço.

“Eu cometi o crime. Usava drogas e me subiu à cabeça. Foi o pior erro da minha vida. Eu não precisava disso. Eu a conhecia de vista porquê era mototaxista e fiz duas corridas antes para ela.  Depois nessa última aconteceu isso. Matei ela sem motivo nenhum, mas estou arrependido demais, disse o detido emocionado”.

De acordo com o delegado, Quene será transferido para Minas Gerais. “Lá está sendo apurado o caso e é de interesse para a produção de provas que ele fique em Minas Gerais”, explicou Nery.

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