Denúncias anônimas levaram a polícia a apreender seis armas na tarde de hoje no bairro Ipiranga, em Guarapari. As armas estavam na casa de um serralheiro que faria manutenção no equipamento para bandidos da região de Terra Vermelha, Vila Velha. Ele alega que foi coagido a fazer o trabalho.

Na tarde de hoje policiais militares do 10º Batalhão (Guarapari) receberam a informação de que um homem estaria guardando armas usadas por traficantes e que os donos das armas pegariam o equipamento em algumas horas. Com as informações, os policiais procuraram a delegacia e conversaram com policiais de duas especializadas.

Uma sub-metralhadora de fabricação caseira, além de pistola e revólveres foram apreendidos na casa do serralheiro. Foto: João Thomazelli/Portal27

“A PM nos procurou aqui na delegacia e informou da possibilidade de perderem o flagrante, já que os donos das armas poderiam pega-las a qualquer momento. Como o Judiciário está de recesso e os bandidos e a polícia não, entendemos que não havia tempo hábil para tentar um mandado de busca e apreensão no plantão do Judiciário e com fomos até a residência do homem indicado na denúncia e fizemos a apreensão”, explicou Nery, titular da Delegacia de Crimes contra o Patrimônio (Depatri) de Guarapari. Além da Depatri, participaram da operação policiais da Delegacia de Crimes contra a Vida de Guarapari (DCCV) e várias guarnições da Polícia Militar.

Fernando disse que foi coagido a guardar as armas. Foto: João Thomazelli/Portal 27

A ação dos policiais resultou na apreensão de três revólveres calibre 32, uma pistola calibre 380, uma arma de fabricação caseira com capacidade para um tiro e até uma sub-metralhadora de fabricação caseira calibre 9 milímetros, além de 8 munições calibre 380 e um carregador com capacidade para 30 munições calibre 38. As armas estavam escondidas em vários cômodos da residência do detido.

Fernando Corrêa Bodart, 59 anos, disse que guardava as armas para traficantes da região de Terra Vermelha porque ele foi coagido. “Eles souberam que eu entendia de armas e apareceram em minha casa de madrugada e até agrediram minha filha, puxando o cabelo dela. Eles falaram que se eu não consertasse as armas, matariam minha filha. O que eu podia fazer. Minha filha é minha prioridade e sempre vai ser. Se eu falasse com a polícia eles matariam minha família toda. Fiquei com as armas mas nem mexi nelas. Eu sou serralheiro há mais de 40 anos. Não preciso disso para viver não”, disse Fernando.

Apesar da alegação de que teria sido forçado a guardar e dar manutenção nas armas, Fernando será autuado por guardar arma de fabricação caseira e de calibre restrito, de acordo com o delegado Nery. Até a publicação desta reportagem, ele ainda não havia sido ouvido pelo delegado de plantão, que fará a autuação.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your name here
Please enter your comment!