Brasileiro perde a missa, mas não perde o carnaval. Como estamos na época da maior e mais bela festa popular do planeta, significa dizer que uma, duas ou três pessoas irão ler este artigo. Porém, ficarei feliz se apenas uma aceitar o desafio: “O Grande Exercício da Mudança”.

Macaco Sagui – Morro da Pescaria. Foto: Marcelo Moryan

Eu não conheço absolutamente ninguém que não queira mudar algo ou alguém. Mudar, mudar-se ou mudar o outro, eis a questão. Nascemos olhando para o umbigo e não raro permanecemos assim por toda a vida. A mudança é algo tão intimista e estranho ao mesmo tempo que quase em todos os casos funciona como aquele ditado: “O macaco senta em cima do próprio rabo e fala do rabo dos outros”.

Mudar é tão difícil que na vida não vi exemplo tão notório a propor novos caminhos – que também são tão antigos quanto a própria bíblia – que o Papa Francisco. O Papa fala, faz o que fala e incentiva uma igreja para quem dela precisa. Prega uma igreja de humildade e serva da palavra de Deus, especialmente aos pobres e oprimidos.

Para nós leigos a missão do Bispo de Roma parece uma tarefa fácil – seria só baixar decretos e que fossem cumpridos, afinal Jorge Mario Bergoglio é Francisco, o Papa. Ledo engano, Sua Santidade vem enfrentando a maior oposição da Cúria Romana, sendo alvo de mentiras e fofocas nos bastidores. O ponto alto dos “macacos” (leia-se carinhosamente) que sentam no próprio rabo, e incluem se aqui cardeais, padres, bispos e até  Matthew Festing, Grão-Mestre da Soberana Ordem Militar de Malta, foi espalhar por toda Roma enormes cartazes desafiando as doutrinas de amor e acolhimento de Francisco.

Muitas vezes vamos para as redes sociais, criticamos, criticamos e criticamos… escrevemos verdadeiros jornais olhando para o próprio umbigo, mas esquecemos de propor a nós, pequenas mudanças no dia a dia. Não é raro encontrar comentários que se nivelam com os dos políticos: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.

Fico imaginando se para Francisco, que abdicou de dormir na mansão papal, carrega a própria mala, gosta de pagar pessoalmente as suas contas, vivencia outros exemplos tão nobres e ainda assim se vê confrontado pelos macaquinhos… imagine para nós, pessoas comuns, como é difícil inspirar um mundo melhor. Difícil, mas não impossível – É isso que nos leva crer mais uma vez Francisco, ao interpretar o Evangelho e os cristãos de vida dupla… ou seja, aqueles que dizem ser cristãos, mas não vivem de acordo com o evangelho. Para esses “macaquinhos” ele diz: “É melhor ser ateu que um católico hipócrita”.

HIPOCRISIA – este é o calcanhar de Aquiles de todo processo de mudança, seja ele qual for. Até mesmo em coisas banais, como burlar a dieta (risos), afinal não conseguiremos enganar nem nossos próprios espelhos.

É por isso que eu te proponho uma mudança:

Antes de criticarmos o rabo do outro macaco, tenhamos a percepção dos nossos defeitos e o que podemos contribuir para a solução nos problemas que vemos nos outros. Este “Exercício de Mudança” requer vigilância, vigilância e vigilância – Eu mesmo já falhei muitas vezes e ainda me pego sentado no meu próprio rabo, mas também tenho colhido muitas vitórias ao me esforçar a viver os ensinamentos do AMOR. O amor não é apenas poesia – É árvore frutífera e abundante para quem ousa plantá-lo.

Varrer o lixo para debaixo do tapete e sentarmos no próprio rabo não nos levará ao destino que tanto merecemos e Francisco exorta – A GRANDE IRMANDADE GLOBAL – O Paraíso começa aqui!

#CHEGADEEGO #SOMOSTODOSIRMAOS

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