O presidente da Câmara Municipal de Guarapari, Enis Gordin (PRB), entregou ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os áudios de um vereador vazados do WhatsApp, que estão circulando pela cidade e que chamam atenção pelas conversas e pelos nomes de diversas autoridades que são citadas. (Veja aqui)
Conduta ilícita. Enis entregou um oficio e um CD com os áudios ao procurador de justiça e chefe do Ministério Público e ao Gaeco, no último dia 17, pedindo que “Que sejam adotadas as medidas cabíveis e pertinentes relativas aos fatos” e narrando que tomou ciência dos áudios pela Rede Gazeta de Comunicação no último dia 15 de maio.
“…onde um vereador desta Câmara demostra conduta ilícita e inadequada com o decoro parlamentar, no que sendo verdadeiros os atos ali relatados, há cometimento de crime que devem ser apurados na espera competente”, diz parte do oficio.
Perplexidade. Enis explica no oficio que esteve na Rede Gazeta no dia 16 onde ouviu os áudios e “Manifestou sua indignação e perplexidade, pois, além de envolver nomes de empresários, de servidores públicos, de outros vereadores e deste presidente, segundo o repórter, ainda há citações a nomes de outras autoridades”, diz outra parte do ofício.
Apuração. O presidente explicou que reuniu os vereadores e passou as informações de que a imprensa estava de posse desses áudios. Os vereadores presentes teriam pedido ao presidente “que fossem tomadas as medidas necessárias para as apurações”.
Autor. Nessa reunião não estariam presentes a vereadora Kamila Rocha (DEM) e o vereador Dito Xaréu (SD), que seria o “autor dos áudios”– segundo explica o oficio- pois eles haviam justificado suas ausências na sessão que iria acontecer naquela quinta-feira.
Montagem. No começo da tarde de hoje (19), conseguimos falar com o vereador em questão, que nos encaminhou uma nota explicando que:
“Gostaria de informar que não reconheço a autenticidade dos áudios, que eles são falsos, trata-se de uma montagem realizada por terceiros com intuito de prejudicar minha atuação como líder do prefeito. Não autorizo a vinculação do meu nome a qualquer áudio dessa natureza porque não são verdadeiros e sua origem não partiu de minha autoria. Inclusive, gostaria de informar que irei buscar os responsáveis com essa farsa e processá-los.
Ainda de acordo com a nota “Não ouvi o áudio, mas conheço o conteúdo da farsa através de boataria, e por ter certeza que não compactuo com essas práticas sei que não pode ser verdadeiro.”
Ainda de acordo com o vereador, o objetivo da divulgação dos áudios é “Me afastar da câmara para uma tentativa de golpe na cassação do prefeito”
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